sábado, outubro 21, 2006

MUSEU DA PEDRA

CANTANDEDE
Museu da Pedra celebra quinto aniversário



O Museu da Pedra celebra cinco anos. Galardoado com diversos troféus e visitado por milhares de pessoas, é já um espaço cultural de referência de nível nacional. Foi a 20 de Outubro de 2001 que abriu ao público, em Cantanhede, o Museu da Pedra. Desde logo um espaço de referência e um lugar privilegiado de aprendizagem, o ano de abertura ficou logo marcado pela menção honrosa recebida, referente ao Melhor Museu Português do Triénio 1999/2001, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia.

Já este ano, o museu foi galardoado com o Prémio Nacional de Geoconservação 2006, atribuído pela ProGEO – Associação Europeia para a Preservação do Património Geológico.Com diversas actividades promovidas, destinadas a públicos de origens culturais diferenciadas, o Museu da Pedra pertence, desde a sua fundação, à Rede Portuguesa de Museus. De acordo com os dados disponíveis, são mais de 14 mil os visitantes que, todos os anos, por ali têm passado.

A extracção de calcário das jazidas que se estendem a Sul do concelho de Cantanhede, nomeadamente Ançã, Portunhos, Outil e Vila Nova, e as actividades que sempre lhe estiveram associadas foram produzindo, ao longo do tempo, marcas de natureza antropológica, artística e cultural que merecem ser perpetuadas. Nesse sentido, a autarquia de Cantanhede decidiu criar o Museu da Pedra. Um espaço que encerra um acervo representativo dos testemunhos paleontológicos e diversas obras de arte que, desde há muitos séculos, utilizam a famosa pedra calcária da região, conhecida por todos como “Pedra de Ançã”.

Instalado num edifício, recuperado, do século XVIII e contíguo à Casa Municipal da Cultura, o Museu da Pedra integra uma construção principal com características de casa senhorial de quinta e outra construção de desenho actual no prolongamento do edifício principal.



O “corpo” central do Museu é dedicado às exposições, sendo que a permanente contempla, entre outros aspectos, a apresentação de estatuária antiga e outros ornamentos com “Pedra de Ançã”, as ferramentas utilizadas na sua elaboração, a caracterização geológica do concelho, os métodos de extracção de pedra, artefactos arqueológicos e um conjunto de fósseis oriundos das pedreiras locais.

A galeria de exposições temporárias pretende proporcionar aos visitantes o contacto com a produção escultórica contemporânea e um conhecimento mais aprofundado e actual dos múltiplos aspectos que o trabalho da pedra envolve. Este serviço “nuclear” articula-se com o que se pode designar de “museu vivo”. Uma área que dispõe de um auditório e de ateliês de artes plásticas, nas quais são desenvolvidas, com regularidade, actividades lúdico-pedagógicas dirigidas especialmente às escolas.





“Referência incontornável”

Pedro Cardoso, vereador da autarquia com o pelouro da Cultura, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS, que este aniversário é muito importante pois o museu “é uma referência incontornável no panorama da museologia em Portugal”. Porque o Museu da Pedra é um espaço que “tem vindo a crescer, de ano para ano, e que não adormeceu com o primeiro prémio que recebeu”, Pedro Cardoso sublinha: “Ainda este ano fomos galardoados com um prémio atribuído pela ProGEO”.


Com uma vasta e diversa programação, o Museu da Pedra, segundo o autarca, “cumpre a ideia de museu vivo”. Embora o 5.º aniversário ainda não tenha sido comemorado, “já está a ser preparada a programação do próximo ano” que vai apresentar “grandes novidades ao nível das exposições escolhidas”. Para além das exposições [ver caixa], o quinto aniversário do museu é também “um momento de avaliação e também de programação de futuro”, esclarece Pedro Cardoso.





Estudantes compõem maioria dos visitantes

Ao longo dos últimos anos tem sido preocupação, por parte dos responsáveis do museu, renovar, com frequência, as exposições temporárias, assegurando a divulgação das suas colecções e reforçando a aproximação com outras instituições. O museu tem diversificado a temática das mostras, promovendo a interdisciplinaridade com outras instituições, nomeadamente Museu Nacional de História Natural, Museu Nacional de Machado de Castro, joalheiros, ourives, canteiros, entre outros.

Outra das “missões” que o Museu da Pedra tem vindo a desenvolver é a divulgação de um projecto de interesse patrimonial e pedagógico, como são as exposições temporárias das imagens de pedra existentes nas várias igrejas e capelas do concelho de Cantanhede. Tendo em conta que cerca de 70% dos visitantes do museu são estudantes, tem havido, por parte dos responsáveis do espaço, uma preocupação em aumentar e diversificar a oferta no desenvolvimento de projectos educativos e de iniciativas várias, que sejam capazes de responder aos interesses de um conjunto variado de público, em contexto escolar ou familiar.

O trabalho em parceria com outras instituições foi uma das formas encontradas, pelos responsáveis do Museu da Pedra, de ir ao encontro do público “dominador” daquele espaço.O facto do museu ser visitado por diversos grupos de estudantes resulta do relacionamento, contínuo e regular, que é mantido com as escolas, uma vez que às quartas-feiras, a autarquia disponibiliza um autocarro para transportar os jovens aquele espaço.




Visitas guiadas a invisuais

Numa colaboração com a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), o Museu da Pedra tem acolhido visitas guiadas para cegos. Estas visitas destinam-se a promover o acesso dos invisuais aos bens e valores da cultura, para fazer cumprir a vocação social que devem ter os equipamentos culturais com as características do Museu da Pedra, garantindo aos cidadãos com deficiência igualdade de oportunidades neste domínio.


Inaugurado a 20 de Outubro de 2001, o Museu da Pedra abriu as suas portas com uma exposição de João Cutileiro. Denominado "Trabalhos em Curso 1951-2001 Esculturas em Pedra", diversas obras do artista estiveram patentes em exposição até Fevereiro do ano seguinte. Desde a abertura, diversas paróquias do concelho de Cantanhede já disponibilizaram arte sacra para exposições nas instalações do museu.

Exposições marcam aniversário"Arte Sacra da Paróquia de Ourentã"e "Mo-nu-mentos", do escultor Volker Schnuttgen são as duas exposições que no sábado assinalam a passagem de mais um aniversário do museu. Embora a data seja sexta-feira, dia 20, as exposições e consequentes comemorações apenas são celebradas um dia mais tarde.

A exposição de Arte Sacra da Paróquia de Ourentã é constituída por doze obras talhadas com o famoso calcário da região genericamente designado por Pedra de Ançã. Esta exposição surge na sequência da acção pedagógica que tem vindo a ser desenvolvida com as autoridades religiosas, no sentido de dar a conhecer o património de arte sacra proveniente das paróquias.

"Mo-nu-mentos" marca o regresso do escultor Volker Schnuttgen, que depois de ter participado no V Simpósio Internacional de Escultura de Cantanhede, em 2005, com uma mostra que é referida pela crítica como uma vitalidade agressiva característica de uma obra que apresenta estruturas de complexidade variável, em jogos de formas, texturas e cores que, não raras vezes, resultam em composições de elementos reconhecíveis no quotidiano".












Fundação: 20 de Outubro de 2001
Morada: Largo Cândido dos Reis, n.º 4 3060-174 Cantanhede
Telefone(s)geral: 231423730
Fax: 231423732
E-mail: mailto:E-mailmmuseudapedra@cm-cantanhede.pt
URL: www.cm-cantanhede.pt

Horário:
De Terça a Sexta, das 10h às 13h e das 14h às 18hSábados e Domingos, das 14h às 19h



Exposições:

Exposição "Património Imóvel de Ançã e Pocariça"

A Câmara Municipal de Cantanhede, através do seu Gabinete Técnico Local de Ançã e Pocariça, no âmbito da elaboração do Plano de Pormenor e Salvaguarda destes centros históricos, tem vindo a proceder à recolha documental do seu espólio arquitectónico.

O Museu da Pedra, acolhe agora nas suas instalações, sob a forma de fotografia, texto e peças esculpidas na famosa pedra de Ançã, apenas uma ínfima parte do material recolhido.Pretendemos, qual Heródotos dos tempos modernos, “descrever acções humanas”, que sob a forma de edifícios ou de pormenores que deles ressaltam, “ficaram para a posterioridade”.São testemunhos de vivências passadas de um Povo, a catapultarem-se para o presente. Legados de um passado por vezes remoto, por vezes mais recente, que o engenho humano logrou criar.Uns erguem-se solenes, outros mais singelos e outros ainda uma mistura quase efusiva entre o popular e o erudito.Alterados quase ao acaso por uns, ciosamente conservados por outros ou simples ruínas de si mesmo, apresentam-se aos nossos olhos, irmanados na exigência legitima e comum, à qual não podemos continuar indiferentes, de recuperação da sua dignidade.




Fonte: Município de Catalhede

Duas exposições assinalam Comemorações do 5.º Aniversário do Museu da Pedra (20 de Outubro)

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