quarta-feira, novembro 01, 2006

A Conspiração do Mundo

Os Donos do Mundo

Juan Carlos Castillón


Bertrand Editora


excerto:
O mundo está cheio de pessoas que pensam que Lady Di foi assassinada pelos serviços secretos britânicos, que a SIDA foi uma criação de um laboratório norte-americano, que os homens nunca puseram os pés na Lua ou que o nosso planeta é governado na sombra por um grupo elitista constituído por dirigentes do clube Bilderberg, "maçons", "illuminati", jesuítas, milionários judeus (como Rockefeller e Rothschild) ou por membros da sociedade Skull and Bones. São as mesmas pessoas que têm a certeza de que a História oficial está repleta de mentiras e que a Verdade (com maiúscula) está em livros como os Protocolos dos Sábios do Sião ou os Diários de Turner.; Um livro fundamental para examinar a origem e os mecanismos que deram lugar às teorias conspirativas e reflectir sobre as razões que podem levar as pessoas mais normais e razoáveis a crer nas teses mais inverosímeis.




http://www.bertrand.pt/






Mais um excerto do livrinho irónico:

McVEICH, O MEU AVÔ E EU

Vimos belas flores de chama e aço a crescer em todos os lados, dançando no asfalto, troando no meio do edifício esventrado e incendiando os carros, eructando dentro e fora do Capitólio, cobrando o seu tributo nas fileiras da tirania e da traição.

WILLIAM PIERCE, Os Diários de Turner




Por que se interessam as pessoas tanto por conspirações, grupos secretos e teses conspirativas? Embora, para falar verdade, talvez devesse perguntar: por que me interessam tanto conspirações, grupos secretos e teses conspirativas? Talvez porque tinha medo de entrar no túnel do Metro quando era criança ou talvez porque estava nos Estados Unidos quando rebentou a bomba de Oklahoma. Em resumo, porque num determinado momento me apercebi de que ao longo da minha vida, de Espanha a Miami, passando pela América Central, tinha sempre estado perto de alguém que acreditava nelas e parecia ser sempre a mesma conspiração, ainda que mudassem os nomes dos conspiradores. Talvez porque num determinado momento também acreditei nelas, e essa crença marcou a minha vida.

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