segunda-feira, março 24, 2008

Continuação da História dos Lobbys Por Terras Algarvias

APONTAMENTOS SOBRE O SÉCULO VINTE ALGARVIO IX

Por Libertário Viegas


Outro acontecimento importante do séc. XX algarvio foi a criação do hoje florescente concelho de S. Brás de Alportel, pelo que se torna interessante, do nosso ponto de vista, referir o acontecimento e os principais políticos que nele intervieram, particularmente João Rosa Beatriz, republicano, maçon, carbonário e empenhado participante nas movimentações que levaram à implantação da República.


Aquele destemido são-brasense foi um grande defensor da criação do ramal ferroviário que, partindo da estação de Loulé, serviria a “vastíssima e populosa região louletana-alportelense” como salienta Estanco Louro (1), que verberou com veemência o “crime monstruoso” que foi a não satisfação do justo anseio das gentes das duas importantes localidades.


A sua intervenção junto de José Mendes Cabeçadas, de Coelho de Carvalho e de outros deputados e senadores algarvios é referida pelo próprio(2) e mostra bem as influências que o político era capaz de mover em defesa da sua terra.


Lembremos que no “ilhéu de industrialização” que, segundo Villaverde Cabral (3), a nossa região constituía na época e a posição de S. Brás de Alportel como centro corticeiro, facto salientado no projecto de lei que, para a criação do concelho, Machado Santos apresentou no Parlamento.


Ali se dizia que a “mais populosa das freguesias rurais do país” era responsável por 50% da produção corticeira nacional (4). A mais populosa e rica das freguesias de Faro (com 11.166 habitantes, cerca de 33% da população do concelho) a localidade contribuía significativamente para as finanças municipais, o que justificava que os farenses contrariassem vivamente a aspiração das suas gentes de S. Brás e reclamassem que queriam ser ressarcidos.


Mas a aspiração que os republicanos agitavam de longa com a criação, em 1906, de uma comissão pró-concelho, em que pontificavam José de Sousa Uva, Virgílio de Passos e Bernardo Passos, viria a concretizar-se em 1 de Junho de 1914.


Para além dos citados há que referir mais alguns protagonistas das movimentações próximas da criação do concelho de S. Brás de Alportel.


É um conjunto de homens da segunda geração de republicanos locais - João Rosa Beatriz, Virgílio de Passos e Júlio César Rosalis, elementos do triângulo maçónico fundado em 1911 e de que o Beatriz era o mais activo (pertencia à Maçonaria e à Carbonária, já era veterano).


Reconhecer o papel notável de J. Rosa Beatriz junto de membros do Governo, parlamentares e personalidades importantes de movimentos da sociedade civil (Magalhães Lima, Luz d’Almeida, João Chagas e Machado Santos), não pode levar-nos a esquecer a acção que ao longo de muitos anos foi desenvolvida por grande número de sambrazenses.


Apesar da forte oposição dos políticos farenses à concretização do velho sonho local muitos republicanos de S.Brás terem integraram órgãos administrativos de Faro - João de Sousa Uva, foi de 1910 a 1913 vereador e presidente da Comissão Municipal, Bernardo Passos, começou em 1910, como administrador do concelho, e depois ficou como secretário da Câmara até 1930, e Júlio Rosalis foi Governador Civil (1911/1912).


Aos farenses, em que predominavam os Democráticos, moveram todas as suas influências para chumbar as pretensões dos políticos sambrazenses, maioritariamente Evolucionista, mas «não lhes valeu o sagrado».


O processo foi longo e difícil mas a tenacidade de João Rosa Beatriz e a dedicação de Machado Santos, incansável no acompanhamento parlamentar do caso, acabaram por levar de vencida os escolhos que lhes semearam no caminho.


Em Dezembro de 1912 Machado Santos, que acompanhou sempre o processo, apresentou o projecto de lei à Câmara de Deputados de onde, depois de parecer favorável da Comissão de Administração Pública, subiu ao Senado. O diploma foi eloquentemente defendido pelo dr. Leão Magno Azedo (que exercera clínica em S. Brás) e apoiado por muitos políticos importantes na época - os algarvios Tomás Cabreira, Coelho de Carvalho e José de Pádua e os não algarvios Germano Lopes Martins, Costa Xavier, Rovisco Garcia, Manuel S. da Câmara, Aníbal Sousa Dias, Ribeiro de Carvalho, Pedro Morais Rosa, Urbano Rodrigues, Francisco Sousa Dias e Daniel José Rodrigues.


Os democráticos farenses contentavam-se com reclamar compensações materiais por se sentirem lesados com a criação do vizinho concelho concretizada Junho de 1914 (Lei nº. 178).Os primeiros responsáveis foram José Martins Sancho (P. da Câmara), Virgílio Rodrigues de Passos (P. da Comissão Executiva) e João Rosa Beatriz (Administrador do Concelho).


(1) - ESTANCO LOURO, Manuel Francisco - O Livro de Alportel, Lisboa, 1929, pp.152-155;

(2) - BEATRIZ, João Rosa - “O Testamento Político de João Rosa Beatriz”, em livro com o mesmo título, da autoria de DUARTE, Maria João Raminhos e de PIRES, Paulo Jorge, Lisboa, Edições Colibri/C.M. de S. Brás de Alportel,2003, p.102;

(3) - VILLAVERDE CABRAL, Manuel - “Portugal na Alvorada do Século XX”, Lisboa, A Regra do Jogo, 1979, p. 284;

(4) - ESTANCO LOURO, Manuel Francisco - “O Livro de Alportel”, Lisboa, 1929, p. 95;











APONTAMENTOS SOBRE O SÉCULO VINTE ALGARVIO X


Já aqui salientámos que Villaverde Cabral1 considerava a nossa região como um ilhéu de industrialização na transição dos séc. XIX-XX ainda que pouco diversificada, limitada essencialmente às pescas, conservas de peixe e construção naval, no litoral, tecelagem, extracção/transformação de cortiças e conservação de frutos secos mais para o interior.


A transformação de cortiça, por exemplo, era manifestamente importante em Silves, S. Bartolomeu de Messines, S. Brás de Alportel e Faro.


Para Machado Santos no projecto de lei que apresentou no Parlamento para a criação do concelho de S. Brás de Alportel referia-se explicitamente ao assunto, dizendo que os habitantes da “mais populosa das freguesias rurais do país” eram responsáveis pela transformação de 50% da produção corticeira nacional.2


Efectivamente naquela localidade laborava-se não só a cortiça regional mas ainda grandes quantidades provenientes do Alentejo e de Espanha, embora ali não se tivesse como em Silves evoluído para poucas mas grandes unidades produtoras de rolhas. Em S. Brás existiam largas dezenas de “fábricas” de dimensão familiar essencialmente vocacionadas para a cozedura e enfardamento de prancha.


Depois de um período áureo da indústria corticeira sambrazense (de meados do século XIX a princípios do século XX), o capital e muita da excelente mão de obra local migraram para sítios onde o escoamento era mais fácil. É de destacar novamente que a falta de transportes ferroviários e as autênticas estradas de almocreves constituíram um entrave ao desenvolvimento local.


A qualidade dos trabalhadores e dos pequenos industriais ficou bem patente nos óptimos resultados que conseguíram nos sítios para onde partiram - Faro, Montijo, Alhos Vedros, Barreiro, Lavradio, etc.


Somos do tempo em que diariamente em Faro dezenas de carroças de tracção animal transportavam afanosamente a cortiça para a doca, frente ao actual hotel Eva, de onde as barcaças à vela levavam os fardos para os trasfegar para grandes navios mercantes que esperavam na barra do porto comum Faro/Olhão.


Outro tanto sucedia com as carroças que vinham do concelho de Loulé carregadas de miolo de amêndoas e de eiras de figo. Torna - viagem iam carregadas de palma e esparto, que eram importados de Marrocos e da Andaluzia e constituíam as matérias primas de muitos arte-sãos e unidades pré - fabris louletanas.


Para termos uma ideia aproximada da importância destas actividades industriais lembramos que numa publicação de 1950 alusiva ao concelho de Loulé (3) ainda encontramos indicação de centenas de exportadores de frutos secos e de importadores, fabricantes e exportadores de artigos de palha, palma e esparto.


1 - VILLAVERDE CABRAL, Manuel - “Portugal na Alvorada do Século XX”, Lisboa, A Regra do Jogo, 1979, p. 284;


2 - ESTANCO LOURO, Manuel Francisco - “O Livro de Alportel”, Lisboa, 1929, p. 95;


3 - PINTO, Raúl R. - Loulé; Roteiro-Guia Histórico, Turístico, Comercial e Industrial do Concelho. Loulé, 1951, pp.160 e 194;








APONTAMENTOS SOBRE O SÉCULO VINTE ALGARVIO XI


Ainda voltaremos às actividades economicamente importantes nos lugares mais recônditos do interior algarvio.


Agora vamos fazer breve referência à indústria conserveira e à pesca, actividades com forte expansão na época e que desde recuados tempos eram objecto da atenção dos algarvios.


Em 1908 existiam 29 fábricas de conserva, que dez anos depois eram cerca de 100, enquanto nos portos algarvios se descarregavam perto de 25% das capturas nacionais. Para além das conservas por escabeche e por salga de que nos fala Baptista Lopes 1, no final do séc. XIX começaram a convergir no Algarve industriais estrangeiros, atraídos pela abundância de peixe que escasseava nas suas regiões.


Os primeiros foram os Delory, da Bretanha, que por volta de 1880 se instalaram em Lagos e Olhão, mas muitos outros vieram, como os Parodi, Tenório e Ramirez, que se radicaram em Vila Real de Santo António


Pela mesma época Feu-Hermanos, industriais na Andaluzia, nomeadamente em Ayamonte, vieram fixar-se na margem direita do Guadiana, vindo a possuir excelentes unidades fabris em Vila Real de Santo António, Olhão, Portimão, Porto Brandão e Setúbal.


Aos estrangeiros, pioneiros da moderna indústria conserveira portuguesa, associaram-se em breve muitos capitalistas locais, como Júdice Fialho, um portimonense que viria a ser o mais importante dos industriais portugueses e que por isso será justo distinguir.


Júdice Fialho, nascido em 1859, deve ser distinguido como figura ímpar de empreendedor algarvio.


Tendo-se iniciado no comércio no barlavento algarvio, João Júdice Fialho estabeleceu-se depois em Faro, onde em 1882 casou com uma filha de Justino Cúmano, aqui iniciando a sua vida industrial como vinicultor e como industrial de destilação de frutos secos, ramo em que, de sociedade com Ferreira Neto, fundou a firma Neto & Fialho.


Foi depois armador, proprietário de armações de pesca de sardinha e de atum, o maior proprietário agrícola do Algarve - com importantes explorações distribuídas pelos concelhos de Olhão, Faro, Loulé, Albufeira, Lagoa e Portimão, nomeadamente os Morgados de Boina, Arge e Reguengo e a Quinta de Quarteira (onde actualmente se situa Vilamoura).


Em 1891 Júdice Fialho começou a lançar o seu “império” no sector da indústria conserveira, fundando a fábrica S. José, em Portimão, a que se seguiram a de Lagos (1899), S. Francisco (1903), Ferragudo (1904) e, depois disso, muitas outras no Funchal, Olhão, Peniche, Sines...


No sector das armações de atum, salientemos que desde finais do século XIX lançou muitas, designadamente as da Torre Alta, Torre da Barra, Pedras Negras e de Bias.


No palmarés de Júdice Fialho como vulto maior da actividade económica daquela época, insere-se ainda o facto de ter sido ele o primeiro armador a utilizar o cerco a vapor - no caso, o “Portugal I”.


1 - BAPTISTA LOPES, João - Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do Reino do Algarve, Vol.1, Algarve em Foco, Faro, pp.97 e 98.












PROCURANDO NO PASSADO

APONTAMENTOS SOBRE O SÉCULO VINTE ALGARVIO XII


No número anterior começámos a falar de João António Júdice Fialho (Portimão, 1895; Lisboa, 1934), distinguindo-o como figura ímpar de empreendedor algarvio, numa época em que a indústria foi florescente na nossa região.


É costume, quando nos referimos a Júdice Fialho, ligá-lo essencialmente às conservas de peixe, sector em que foi indubitavelmente o maior, esquecendo muitos outros em que ele foi muito grande também. Disso iremos falar agora, ainda que sucintamente.


Júdice Fialho iniciou-se, como sabemos, no comércio na sua terra natal como fornecedor de materiais para barcos de pesca, depois do que há um largo período em que esteve familiarmente, e não só, ligado a Faro.


Efectivamente, em 1882 Júdice Fialho casou-se com Maria Antónia Cúmano, filha mais velha de Justino Cúmano, e aqui iniciou a sua actividade como vinicultor e como industrial de destilação de frutos secos, ramo em que, de sociedade com Ferreira Neto, fundou a firma Neto & Fialho.


Seja-nos permitido fazer aqui uma referência às residências farenses de João Júdice Fialho, a primeira das quais se situava na Rua Infante D. Henrique e que, em conjunto com a antiga “Casa de Saúde” (1), foi, durante largos anos, sede do Centro Regional de Segurança Social.


Como esclarecimento, diremos que este Dr. Justino Cúmano foi um médico veneziano que, em 1840, veio a Faro, a convite de seu tio, Dr. Lázaro Doglione, também ele médico, aqui radicado desde 1804, acabando por cá ficar até final da vida (1885).


Para entreter o sobrinho, mais dotado para as artes do que para a medicina, Doglione comprou o antigo Colégio dos Jesuítas, com vista à instalação de um teatro. Justino Cúmano encarregou-se das adaptações e fez do edifício uma réplica do Scala, de Milão, que foi inaugurada em 1845.


Entusiasta pela arqueologia e pela numismática (tinha uma importante colecção de moedas, muitas delas raríssimas), este médico italiano foi ainda presidente do Instituto Arqueológico do Algarve, que Estácio da Veiga fundara.


Outra residência farense de Fialho foi o Palacete Doglione, com fachada principal para a Rua Lethes, e que já foi Escola de Hotelaria e Turismo de Faro (2).


Mas a principal das residências do industrial na capital algarvia é o chamado “Palácio do Alto”, há largos anos (desde os tempos do Bispo D. Francisco Rendeiro) propriedade da Diocese, que ali fez instalar um importante Colégio.


Este importante palácio foi mandado construir em 1945 pelo próprio Júdice Fialho na Quinta do Alto, sendo seu construtor o grande arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior. (3)


(1) - LAMEIRA, Doutor Francisco – “Faro, Edificações Notáveis”, Câmara Municipal de Faro, 1955, p.66;


(2) - id., id., p.65.


(3) - PINHEIRO E ROSA, Prof José António – Monumentos e Edifícios Notáveis do Concelho de Faro”, C.M.F., 1984, pp.25/28.










PROCURANDO NO PASSADO

Apontamentos sobre o Século Vinte Algarvio XIII


Dado que já falámos da firma Neto & Fialho que Júdice Fialho teve em Faro, façamos aqui uma referência ao seu sócio farense, personalidade de primeiro plano na cidade.


Referimo-nos ao farense João José da Silva Ferreira Neto (1 de Março de 1856 - 3 de Maio de 1935) - Engenheiro agrónomo, militante do Partido Regenerador, muito exuberante na sua juventude e ligado a toda a vida política algarvia durante mais de meio século, tendo sido deputado em várias legislaturas, presidente da Câmara Municipal de Faro (de 1890 a 1901) e governador civil (de 1901 a 1904 e em 1906).


Como reacção ao “ultimato inglês” e enquanto presidente da Câmara retirou os seguros à companhia inglesa que os detinha, proibiu a aquisição de material oriundo da Inglaterra e deu à R. de Cadeia o nome de Serpa Pinto.


Foi um presidente de Câmara muito activo a quem se devem o lançamento de quase todas as estradas do concelho, uma série de iniciativas com reflexos na salubridade, como o abastecimento de águas e a construção do matadouro, a fundação do Museu Arqueológico e Lapidar e a colocação de um regimento na cidade. Convidou os reis a visitar Faro em 9 de Outubro de 1897 e na recepção conseguiu de D. Carlos a promessa de conclusão do caminho-de-ferro de Faro a Vila Real de Stº António e de melhoramento dos principais portos, a começar pelo de Faro - Olhão.


A forma como recebeu os régios visitantes valeu-lhe o grau de comendador.


Quanto ao caminho-de-ferro, cujo prolongamento preparou enquanto autarca, o troço Faro/Olhão foi inaugurado em 1904, durante o primeiro período em que esteve à frente do Governo Civil. (1)


Também Ferreira Neto queria terraplanagens urgentes no ramal de caminho de ferro Portimão-Lagos e que, duplicando o proposto pelo director de obras públicas, se inscrevesse no ano seguinte uma verba de sessenta contos para reparação de estradas. Todos os outros deputados fizeram coro e o Governo Central, olhando sobranceiramente, atribuiu ao Algarve... sete contos e quinhentos mil reis.


Voltando à firma Neto & Fialho, já referida, é de assinalar que nessa época a vitivinicultura deveria ter grande peso na economia da região Efectivamente, em 1908 o nosso distrito foi responsável por cerca de 6% (412.143 hl) (2) da produção vinícola do continente, que nesse ano foi de 6.869.050 hectolitros, e a crise no sector era então apontada como responsável pela grande miséria que grassava nos campos e que levava o deputado Joaquim TelIo a pedir ao Governo a promoção urgente de obras públicas para minorar a fome.


Outras obras cuja realização ou conclusão se requeria eram as do “Lyceu Novo”, do aterro do Largo de S. Francisco e da construção da carreira de tiro de Faro, cidade onde estava aquartelado o Batalhão de Infantaria 4.


O Liceu foi construído no lugar onde hoje se encontra a Tomás Cabreira que veio ocupar o local deixado, quarenta anos depois, pela João de Deus Liceu Nacional de Faro.


A implantação da carreira de tiro de Faro, na zona onde agora se levantam o Hospital Distrital e uma série de blocos residenciais ficou a dever-se a um outro algarvio – o farense Sebastião Custódio de Sousa Teles (n.1847), general e político que publicou várias obras muito bem recebidas nos meios castrenses e que, no campo político, sobraçou a pasta da Guerra em quatro Governos e presidiu ao que esteve em funções de 11 de Abril a 14 de Maio de 1909.


Reconhecido, o Município da capital algarvia tornou-o patrono de uma Rua do bairro da Estação.


Quanto à agricultura o Ministro das Obras Públicas cometeu a um silvicultor oficial a tarefa de arborizar “as vastidões incultas que o Algarve tem nas suas terras”, como se afirmava na imprensa local .


Assunto também muito falado foi, como referiremos, uma greve importante que alastrou a partir dos soldadores das fábricas de conservas do industrial Júdice Fialho, em Vila Nova de Portimão.


(1)- Prof. PINHEIRO E ROSA – “Três Pessoas e um Museu”, Anais do Município de Faro, 1969, pp. 189-204;

(2) - OLIVEIRA MARQUES, A.H. e ROLLO, Fernanda - “Agricultura, Pecuária e Pescas”, in Nova História de Portugal, vol XI, Editorial Presença, Lisboa, 1991, pp. 102-106;


Libertário Viegas

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