terça-feira, fevereiro 24, 2009

Comeres & Sabores

Aroma a enchidos povoa Monchique


Os aromas dos enchidos tradicionais da serra de Monchique vão andar no ar da vila algarvia, nos dias 7 e 8 de Março. Quer provar?

A XVI Feira dos Enchidos Tradicionais da Serra de Monchique instala-se no Heliporto da vila com tudo o que de melhor a serra pode oferecer. Além dos enchidos, há ainda o mel, o medronho, os doces e a gastronomia típica, à base de carne de porco preto, acompanhados pelo artesanato local.

A animação musical não foi esquecida ficando a cargo dos singulares Deolinda, no dia 7, e do popular Emanuel, no dia 8. Os concertos são a partir das 18h00.

O certame vai decorrer, entre as 10h00 e as 22h00, no Heliporto Municipal da Vila de Monchique e conta com cerca de meia centena de expositores.

Integrada na Feira, acontece também uma Mostra Gastronómica à qual aderiram os restaurantes "Charrette", "Palmeirinha dos Chorões", "Estalagem Abrigo da Montanha", "Teresinha", "Jardim das Oliveiras", "O Fernando", "Luar da Fóia", "Tasca do Petrol, "Paraíso da Montanha" e "O Planalto".

domingo, fevereiro 15, 2009

Mais uma Batalha...




Arqueologia salvou população de Alcalar das linhas de média tensão


Moradores de Alcalar manifestam-se contra a linha de alta tensão



A população de Alcalar pode agradecer o facto das linhas de média tensão, que iriam passar junto às casas naquela aldeia do interior de Portimão, terem sido enterradas, à existência de um sítio arqueológico pré-histórico.


Não fosse a zona patrimonial classificada, talvez hoje a população de Alcalar tivesse que conviver paredes meias com os cabos de média tensão da Rede Eléctrica Nacional (REN).


O trajecto inicial foi alterado, já que, depois de ter recebido uma queixa por causa do traçado daquela linha, o Provedor da Justiça «instaurou um inquérito», para saber por que razões o trajecto escolhido atravessaria um local com tamanha importância patrimonial, numa zona de protecção arqueológica, revelou ao «barlavento» Rui Parreira, técnico da Direcção Regional de Cultura do Algarve.Depois de uma avaliação, a solução adoptada, em 2008, foi enterrar a linha de média tensão à volta da área classificada, deixando os cabos de ser aéreos para serem subterrâneos.


«A ligação foi feita a partir de um apoio que já estava projectado, sendo depois enterrado naquela zona e retomado num dos apoios, já fora da área protegida e de habitação», adiantou Rui Parreira.


Tudo acabou por ser mais fácil, porque a «linha foi enterrada ao longo da estrada, não precisando de atravessar o campo», garantiu ainda.


Aquelas linhas fazem a ligação com os parques eólicos, existentes nas cumeadas da serra do Espinhaço de Cão.


«As linhas deveriam ser concentradas num só corredor, até à Central de Distribuição no Porto de Lagos, em Portimão», salientou o técnico.



Em Silves, as manifestações da Comissão de Moradores de Vale Fuzeiros levadas até às portas do Ministério do Ambiente e da Economia, ao Parlamento e à sede da REN, em Lisboa, e a sucessiva luta contra a passagem das linhas junto às habitações levaram à alteração do traçado inicial.


Ou seja, depois da revolta dos silvenses, foi realizado um novo estudo de impacto ambiental (EIA), que está em consulta pública, até 23 de Fevereiro, onde foi adoptada a solução proposta pelos manifestantes e pela própria Câmara.



domingo, fevereiro 01, 2009

ALGARVE NATURAL

ALCOUTIM - Uma Vila Histórica!



A presença humana no território que constitui actualmente o concelho de Alcoutim poderá remontar ao Paleolítico Médio, pois foram descobertos recentemente vestígios arqueológicos deste período, na freguesia do Pereiro. Mas terá sido a partir do Neolítico (5.000 a.C. a 3.000 a.C) que as populações construtoras de megálitos se fixaram um pouco por todo o território de Alcoutim. Testemunhos dessa presença são os vários exemplos de monumentos megalíticos espalhados pelas cinco freguesias. Antas, menires, tholos ou cistas megalíticas merecem uma visita.

São também muitos os elementos que nos atestam a continuidade de comunidades humanas nos períodos que se seguem. As necrópoles de cistas da Idade do Bronze e do Ferro, confirmam-no.

No Período Romano, abundam os vestígios que nos indicam a existência de comunidades organizadas em núcleos habitacionais ou núcleos familiares. Sobretudo na zona litoral, onde se concentram os melhores terrenos agrícolas é comum detectar essa presença romana. Aqui, o grande rio do Sul - o Guadiana - exercia uma grande atracção como via de penetração das rotas comerciais, que ligavam esta terra a todo o mediterrâneo.

Também a presença visigótica se evidencia em Alcoutim, por vezes mesmo, numa continuidade de ocupação dos mesmos espaços romanos, como no caso da Estação Arqueológica junto à localidade ribeirinha do Montinho das Laranjeiras, a cerca de oito quilómetros a sul da vila de Alcoutim.

Nos finais do século XV, torna-se num condado a favor dos marqueses de Vila Real. A família Meneses manteve este condado até ao século XVII, momento em que os seus bens são integrados na Casa do Infantado (1654).

A constituição de Alcoutim não pode ser dissociada da sua posição estratégica do ponto de vista militar, nem da importância do rio Guadiana como via comercial. Durante o século XIX, depois das lutas liberais em que é ocupado pelos Miguelistas (1833), Alcoutim perde definitivamente essa posição estratégico-militar e é incorporado total ou parcialmente pelos concelhos vizinhos.
O concelho, reorganizado desde finais do século XIX nas cinco freguesias com que se mantém actualmente, pertence à comarca de Vila Real de Santo António.


Podemos encontrar testemunhos de enúmeras gerações pelas várias freguesias daquelas bandas:

Freguesia de Alcoutim:

Conjunto Megalítico do Lavajo (3500 a.C.) é constituído por um alinhamento de três menires e quatro estelas menires que distam entre si cerca de 250 metros


A Anta do Malhão - A anta está situada no topo da elevação mais proeminente de toda uma vasta região, junto da Estrada Municipal 507 e em frente da povoação de Afonso Vicente.



Quanto a presença romana:

A Barragem Romana do Álamo, construída em opus incertum (através de cofragem, onde no interior era depositada uma espécie de “pasta” de areia pedras e argamassa), possui cerca de 40 metros de comprimento e seis contrafortes tendo actualmente a altura máxima de 3 metros (e que deve estar próxima da altura máxima inicial).


Villa Romana do Montinho das Laranjeiras (séc. I a.C. a séc. XII/XIII). Monumento classificado de Imóvel de Interesse Público (2004), tem uma ocupação desde o Período Romano até pelo menos o séc. XII ou XIII.



Vila de Alcoutim
No perímetro urbano de Alcoutim, apenas se detectaram escassos vestígios de uma ocupação na Idade do Ferro ou Período Republicano Romano. O núcleo urbano, esse, parece possuir um passado mais recente com raízes nos finais da Idade Média (séc.XIII/XIV).



O Castelo da Vila, monumento classificado de Imóvel de Interesse Público desde 1993, alberga no seu interior o Núcleo de Arqueologia.

O Castelo terá sido construído nos primórdios do século XIV, durante o reinado de D. Dinis, com a clara intenção de criar numa zona de fronteira uma “linha de detenção”, ou pelo menos de vigia. Edificado junto da importante linha de comunicação que era o Guadiana, a fortaleza de forma poligonal terá tido como principal função um controlo ou interdição de penetração no interior do reino, uma espécie de ferrolho. Foi como tal palco de muitas guerras e mesmo de tratados de paz, como o tratado de Paz de Alcoutim, ali celebrado em 31 de Março de 1371, entre D. Fernando de Portugal e D. Henrique de Castela, pondo fim à primeira Guerra Fernandina.

No início do século XVI (1509) o desenho de Duarte de Armas, em “Livro das Fortalezas”, representa o Castelo com uma altura de cerca de 10 metros e um perímetro entre os 200 e 300 metros lineares, todo ameado e com habitações no seu interior.

O seu papel activo na defesa fronteiriça, provocou-lhe consideráveis danos, obrigando a sucessivas reconstruções. Uma delas, no reinado de D. Manuel I (1495-1521), foi responsável pela construção de edifícios adossados à muralha norte, cujas ruínas podem ser observadas dentro da galeria - museu, de construção contemporânea. Por sua vez, o uso de armas de fogo, levou a um acrescento no século XVII, edificando uma plataforma, virada a Sanlúcar (Espanha) para aí se instalar a artilharia.



A Alfândega, edifício que se criou no último quartel do século XV (1475) e que terá encerrado nos inícios do século XVI (1520), terá depois sofrido alterações para aí instalar já no século XVIII, a Casa do Juiz de Fora. Hoje, funciona nesse mesmo edifício a Repartição de Finanças.

A Casa do Capitão-mor, do século XIX, terá sido construída na área assinalada pela cartografia do século XVIII, como pertencente à casa do Prior. Este edifício encontra-se actualmente afecto à autarquia.

A Casa dos Condes, possível local de habitação dos Senhores de Alcoutim, Marqueses de Vila Real e Condes de Alcoutim. Esta família nobre terá recebido este privilégio régio desde pelo menos 1497, tendo exercido esse direito até 1654, momento em que todos os seus bens terão revertido a favor da Casa do Infantado pertencente a D. Pedro, futuro D. Pedro II. Desde 1998 que este espaço funciona como Casa da Cultura, com biblioteca, videoteca, Internet e sala de exposições temporárias.





Freguesia de Giões

A identificação de uma anta, já destruída, atesta a antiguidade da ocupação humana nesta freguesia. Mais tarde a riqueza metalúrgica atraiu e fixou grupos humanos. Alguns objectos, restos de habitat e sepulturas identificadas pelos arqueólogos, revelam a continuidade desde o Calcolítico até à exploração industrial. Várias décadas de investigação arqueológica têm trazido à luz do dia testemunhos da ocupação desses períodos. Recentemente escavou-se uma necrópole junto da aldeia de Giões, num serro com o topónimo de Cabeço da Vaca, tendo-se identificado seis sepulturas com tipologia diversificada. Apenas uma possuía, material. O conjunto de duas lanças de ferro depositadas junto à cabeceira, do lado direito, indica a deposição de um guerreiro, neste local.

A cerca de 200 metros, no topo de uma elevação fronteira, foi identificada uma outra sepultura rectangular constituída por grandes lajes de grauvaque e de xisto, colocadas verticalmente. No fundo, conservava uma adaga de ferro, com o punho revestido a prata. Pela posição, tratava-se de arma colocada obliquamente sobre o peito do guerreiro ali enterrado.

No conjunto, tratam-se de dois importantes testemunhos da Idade do Ferro na serra algarvia, situáveis provisoriamente cerca do século V a.C.

Durante a ocupação visigótica construiu-se em Clarines um templo de que apenas restam alguns elementos arquitectónicos, parte deles integrados na actual capela.





Freguesia de Martinlongo

Os trabalhos arqueológicos realizados na freguesia revelaram uma importante ocupação no período Calcolítico, com escassos vestígios de uma anterior presença durante o Neolítico, da qual há a destacar a Anta da Castelhana. Localizada na fronteira com o concelho de Tavira, este monumento funerário bastante regular e com corredor, terá sido construído no período de transição do quarto para o terceiro milénio ou para os primeiros séculos deste. Posteriormente foi reaproveitado pelos “pastores megalíticos” contemporâneos do Calcolítico, período este bem marcado nos objectos encontrados na escavação.

Junto da própria aldeia de Martinlongo, os recentes trabalhos de instalação de uma antena de telecomunicações para telemóveis, puseram em evidência uma cista megalítica pertencente às primeiras populações que utilizaram o cobre nos seus instrumentos – A Cista Megalítica do Malhão. Trata-se de uma sepultura individual, de contorno sub-rectangular, que terá sido construída no Neolítico Final, ou já no Calcolítico. Possui um lageado exterior que se desenvolve a toda a volta da caixa tumular, constituída sobretudo por lages de grauvaque e algum xisto. Está parcialmente destruída devido à implantação da antena.


Para além da Cista Megalítica do Malhão, o actual espaço da freguesia revelou outros monumentos funerários Calcolíticos como as Tholoi e ainda o importante povoado fortificado do Castelo de Santa Justa – implantado num cerro, evidenciando defesas naturais, foi durante o terceiro milénio a.C. ocupado por uma população agro-pastoril. Ao longo do terceiro milénio a população residente criou uma estrutura defensiva que sofreu evoluções em cinco momentos diferentes: dum simples muro com uma entrada, evoluiu numa fase posterior de construção para a inserção de duas das dez torres detectadas na muralha até um complexo dispositivo defensivo na 5ª fase, com uma segunda porta mais elaborada, albergando no seu interior 7 das 10 cabanas encontradas.

Esta necessidade defensiva poderia estar relacionada com o domínio das práticas metalúrgicas, tendo os seus habitantes fabricado utensílios de diferentes materiais: cerâmica, pedra, cobre, madeira, etc; que utilizaram para agricultar os campos, pescar, caçar, produzir vestuário, criar objectos votivos e construir os seus monumentos funerários como a Tholos da Eira dos Palheiros – localizado a 1,5 quilómetros para noroeste do povoado calcolítico de Santa Justa. O monumento funerário, foi construído a partir de uma câmara circular, escavada no solo e revestida com grandes placas de xisto rectangulares e coberto por uma falsa cúpula, com corredor de acesso. No interior da câmara apenas foram depositados dois enterramentos e os materiais encontrados são do mesmo tipo e cronologia dos do povoado do Castelo de Santa Justa.

A cerca de 16 quilómetros para sudeste desta tholos foi detectada uma outra, junto da povoação do Monte da Estrada, a Tholos do Malhanito – possui as mesmas características mas o corredor é mais curto. Terá sido utilizada, muito provavelmente, apenas para a deposição de um só indivíduo sobre o chão da câmara. Terá sido violada e reutilizada na Idade do Ferro e em épocas posteriores, mais recentes.

Durante o Período Romano e Medieval ocorreu um incremento do povoamento, tal como parecem evidenciar os dados conhecidos para a aldeia de Martinlongo, sede de freguesia, existentes nos róis de besteiros dos anos de 1385/1422. Estes primeiros valores demográficos eram já significativos, quando comparados com as restantes localidades da região algarvia.

O século XVI foi um período de grande prosperidade, chegando os seus habitantes a acorrer ao litoral algarvio aquando dos rebates dos Mouros. A partir dos finais do século XVII viveu outro período de riqueza.

Em 1837 a guerrilha miguelista, chefiada pelo Remexido, atacou a aldeia.







Artesanato

O Artesanato é o trabalho manual ou produção de um artesão que, através da utilização de técnicas e saberes ancestrais, expressa, no objecto que constrói, a cultura de um povo.


Conhecer o artesanato de uma região é pois abordar o seu passado, é sentir as suas tradições e costumes, é contactar com os seus valores ancestrais.

Apesar das actividades artesanais estarem a desaparecer um pouco por todo o país, no concelho de Alcoutim ainda se confeccionam as tradicionais peças de lã e de linho (mantas, alforges, etc.), bordados e rendas, tapeçaria tipo Arraiolos, persistindo igualmente actividades tradicionais como a cestaria em cana e em vime, a olaria, o ferreiro de forja ou o sapateiro. Estando também em desenvolvimento um tipo de artesanato mais recente, resultante da capacidade de adoptar, adaptar e inovar técnicas artesanais, representado nas bonecas de juta (Oficina Flor da Agulha), simbolizado figuras típicas da região, e nas flores de palha de milho (Lutão de Baixo), bem como nas mais variadas peças de barro (Martinlongo e Cortes Pereiras).

Eis alguns exemplos do artesanato característico do concelho de Alcoutim:

Artefactos em Madeira:

São essencialmente miniaturas de peças utilitárias: dobadouras, fusos, rocas, cadeiras, cântaros ou colheres.Na sua maioria são utensílios que já caíram em desuso, mas que surgem com uma nova dinâmica, nomeadamente a decorativa. Desta forma os artesãos procuram manter viva a memória, através da miniaturização destes utensílios.(Martinlongo, Lutão, Alcaria Alta, Fernandilho, Vaqueiros)


Arranjos Florais:

Feitos de palma de milho e decorados com ervas campestres. São peças feitas com paciência, dedicação e muita sensibilidade.Este tipo de artesanato requer muita destreza manual para dar formas de pétalas às palmas de milho, de onde surgem lindas flores.(Lutão, Santa Justa)
Bonecas de Juta: Representando figuras típicas da região, são feitas de serapilheira, com o corpo armado em estrutura de arame. Com linho são feitas as cabeleiras e com chitas, o vestuário que as enfeitam. Os adornos, que caracterizam a actividade que representam, são miniaturas feitas em metal, madeira ou barro.(Martinlongo)


Cadeiras:

Executadas com materiais da região, estas cadeiras são autênticas obras de arte popular. São de vários tamanhos, feitas de madeira de oliveira, as costas e os pés de loendro e o tampo é tecido com junça, uma planta que nasce espontaneamente na região.(Zorrinhos de Cima, Fortim)
Cestaria: Com as canas apanhadas junto do rio e das ribeiras, fazem-se cestos, cabazes e canastas, que antigamente serviam de transporte dos produtos agrícolas e do peixe.Têm hoje em dia outras finalidades, sendo muitas vezes meramente decorativas. Alguns artesãos fazem também chapéus de cana.(Balurcos, Alçaria Queimada, Ferrarias, Alcoutim, Azinhal, Fernandilho)


Calçado:

No concelho de Alcoutim ainda se confeccionam sapatos, botas e sandálias de forma artesanal. Esta técnica mantém intactas as suas características, quer do ponto de vista da matéria-prima a utilizar, quer ainda das técnicas ancestrais, aplicadas na manufacturação do calçado.(Giões)
Cerâmica: Ressurge no concelho de Alcoutim com novas formas e cores. Umas vezes vidrada com cores fortes, outras recriando peças ancestrais.Representam o aparecimento de jovens artesãos com perspectivas actuais, baseadas nas mais antigas técnicas de tratar o barro.(Cortes Pereiras, Martinlongo)


Tecelagem:

É uma das mais antigas expressões do artesanato algarvio, nomeadamente de Alcoutim. Hoje em dia, ainda é feito nos teares manuais e de forma tradicional, desde a montagem da teia e da trama até ao corte e cosedura.Entre os vários artefactos produzidos, contam-se as mantas feitas de retalhos, lã ou linho. Além destas, fazem-se também, colchas, toalhas de linho, alforges, sacos, tapetes e muitos outros artigos. (Penteadeiros, Vaqueiros, Clarines, Mestras)


Locais de Venda de Artesanato:


Casa de Artesanato:
Situada no centro histórico da vila de Alcoutim, mesmo em frente à casa dos Condes e ao lado do posto de turismo. Nesta casa pode encontrar um variado leque das pequenas maravilhas que as mãos hábeis dos artesãos da região dão à luz.


Morada: Rua 1º de Maio, s/n
8970- 056 Alcoutim

e-mail: amoira@iol.pt
Aberto de sábado a quarta-feira das 9.00 às 17.00.


Olaria de Martinlongo: Em Martinlongo, numa olaria recuperada, fabrico e venda de cerâmica utilitária e decorativa. Tel.: 281 498 641.
Aberto de segunda a sexta-feira.

Oficina Artesanal Flor da Agulha: Em Martinlongo, fabrico e venda de bonecas de Juta. Tlf.: 281 498 251

Cerâmicas de Alcoutim: Em Cortes Pereira. Produção e venda de cerâmica decorativa.
Tlf. +351281546030

Lusifá: Ervas aromáticas para chás. Em Azinhal e Martinlongo.

Cooperativa do Pão Duro: Na povoação de Pão Duro, freguesia de Vaqueiros. Produção e venda de Aguardente de Medronho.

D. Senhorinha: Na povoação de Penteadeiros, freguesia de Martinlongo. Tecelagem e venda de artesanato.


Percursos Pedestres
O concelho de Alcoutim, rico em património natural e cultural, tem à sua disposição vários percursos pedestres. Caminhos antigos, núcleos rurais, o rio Guadiana, ribeiras, diversas espécies de flora, fauna e artesanato, são algumas das coisas que pode encontrar, se decidir explorar os percursos pedestres alcoutenejos.
São 8 os percursos pedestres que pode fazer pelo concelho de Alcoutim:
PR1
"Corre, corre Guadiana" (Laranjeiras)
PR2
"Ladeiras do Pontal" (Pontal)
PR3
"Os Encantos de Alcoutim" (Alcoutim)
PR4
"Caminhos da Fonte" (Pereiro)
PR5
"O Viçoso" (Giões)
PR6
"Memória Viva" (Martim Longo)
PR7
"Cerro Acima, Cerro Abaixo" (Vaqueiros)
PR8
"Em Busca do Vale Encantado" (Vaqueiros)
Caminhos que podem levá-lo numa viagem ao passado ou proporcionar-lhe um deslumbrante encontro com a natureza......Tenha um óptimo passeio!








Dos concelhos do Algarve, Alcoutim, com os seus 576,57 quilómetros quadrados de área, é o que mais a nordeste se situa. Tendo a ribeira do Vascão a separá-lo dos concelhos de Mértola e Almodôvar a norte, faz fronteira a oeste com Loulé e a sul com Tavira e Castro Marim.

Longe das multidões e da agitação dos centros turísticos do litoral algarvio, Alcoutim é um paraíso de tranquilidade entre a serra do Caldeirão e o rio Guadiana, fronteira natural com a vizinha Espanha. A vila de Alcoutim é a sede deste município com apenas 3 770 habitantes (2001) e que se subdivide em 5 freguesias – Alcoutim, Pereiro, Giões, Martinlongo e Vaqueiros.

A região mantém bem vivo o seu artesanato, eminentemente ligado à vida rural, com peças que vão das tradicionais mantas de lã ou de trapos, à cestaria em cana e vime, olaria, bordados e rendas, toalhas de linho, arranjos florais em palha de milho, bonecas de juta, e tantas outras. A caça, a carne de porco e de borrego, e o peixe do rio constituem a base de uma rica e diversificada gastronomia, onde se destaca também uma apetitosa doçaria que reflecte, em grande parte, a abundância de mel, figos e amêndoas do Algarve. Por tudo isto, aliado à hospitalidade e simpatia das suas gentes, Alcoutim merece a sua visita.